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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A poesia da vida

Herasmo Braga No primeiro livro que compõem a Bíblia temos em Gênesis as seguintes passagens nos versículos 26 e 27 do capítulo 1: Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E assim, segundo o relato bíblico, surgiu o homem e a mulher. Sendo o homem primeiro e a mulher em seguida para ser sua companheira. Todavia, ao longo dos tempos, engana-se quem tenha pensado que ao homem, por ter sido o primeiro na possível criação no relato religioso, garantiu a ele qualquer superioridade, posse ou poder frente à mulher. Se observarmos ao longo da presença humana na história, iremos perceber facilmente como as mulheres sim, Deus, a Vida e a História revelam a sua força e o seu imenso poder. O homem é um sujeito limitado, pouco prático e desajeitado com muitas coisas. As mulheres não, elas gozam de uma multiplicidade de habilidades invejáveis a qualquer marmanjo. Exemplos de situações que comprovam isso têm diversas. Podemos observar, por exemplo, nos relacionamentos. O homem no começo e ao término se comporta da mesma maneira: indeciso. Ele acaba sendo o que muitos chamam de vírgula, pois a sua insegurança ou “esperteza” faz com que - apesar de considerar que somos nós quem tomamos as iniciativas, na verdade são as mulheres. São elas que na realidade nos autorizam ou nos fazem acreditar no sucesso da ação. Iludimo-nos , pois na realidade todo o processo acaba sendo conduzido por elas. E nos términos dos relacionamentos a performance é a mesma. Nós dificilmente chegamos afirmar o fim. Distanciamo-nos, ausentamos-nos, arrumamos desculpas para não ligar, comparecer, sair. A mulher não. Ela chega de maneira decisiva e acaba. Às vezes até nos surpreendemos, achando que podemos reverter. Pedimos chances que dificilmente ela nos dará, mas caso aconteça, é apenas para fazer mais mal ainda ao nosso sentimento. Alongando a nossa dor. Outro ponto que demonstra bem a superioridade delas é na retomada de suas vidas após o termino, por mais durador que seja, ela se reconstrói de maneira serena. E é uma reconstrução segura em que ela sai mais fortalecida. Já nós homens não. Queremos ser rápidos. Instantaneamente dar a volta por cima. Lançamo-nos afoitamente nas coisas. Salivamos para começar outros relacionamentos. Queremos demonstrar a todos que quem perdeu foi ela com o fim e você perdeu foi seu tempo com o antigo relacionamento. Todavia, após a euforia vem à tristeza e iremos perceber a grandeza daquela pessoa que ficou. Machucamos-nos com as lembranças e procuramos tentar achar respostas para o nosso fracasso. Realmente, quem tem o poder são elas. Sempre foi. E nós homens ao longo da história procuramos dissimular isso de todas as maneiras. Oprimindo o tempo todo aquele ser que é muito mais forte e habilidoso que nós. Não adianta se pensar de outra maneira. Nós homens somos seres atrapalhados, apressados, brutos. E elas não. São sujeitos fortes, encantadoras, sábias. Exemplo disso fica por conta que qualquer situação em que temos uma mulher, ela consegue mediar, aliviar e até mesmo encontrar soluções nas coisas tidas como impossíveis. As mulheres dinamizam a vida. Pode tornar o efêmero em algo duradouro e do contrário também. São elas quem tornam mais significativas os dias. São elas que poetizam a vida sejam elas mães, esposas, namoradas, irmãs, filhas... basta apenas ser mulher. E nós homens, para sermos felizes, precisamos apenas tê-las por perto, ajudando-as a nos cuidar.

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