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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O mundo demagógico pós-moderno

(Herasmo Braga) Recentemente foi noticia no mundo o sacrifício de uma girafa do zoológico de Copenhague na Dinamarca e a entrega das partes do seu corpo aos tigres e leões. Muitos pseudoativistas de plantão conjuntamente com os, como Luiz Felipe Pondé denomina, intelectozinhos moderninhos manifestaram com repúdio ao sacrifico do animal e por ele ter servido de comida aos felinos. Esse tipo de sensibilização é o típico comportamento vazio das pessoas nos dias de hoje. Elas não chegam nem se quer a lembrarem de que no estado de natureza a girafa teria leões, tigres e outros animais como seus naturais predadores. Também esses sofredores de plantão e que almejam um mundo politicamente correto não se observam nas suas demagogias. Será que as carnes que eles comem em banquetes, churrascos, sanduiches advém das folhas? Ou será que vem de animais, que por incrível que pareça, também estavam vivos antes de serem sacrificados para saciar os seus paladares? O mundo de hoje não é só efêmero, repleto de representatividades ou só vale quem tem. Temos algumas coisas que a cada dia fortalecem os seus poderes: a crescente demagogia e o discurso excessivo de privilégios (que estrategicamente chamam de direitos) de diversos segmentos sociais. A hipocrisia do mundo moderninho ou pós-moderno atua em diversos lugares e é reinante em todos os aspectos da vida social. Até mesmo na inocência da infância outrora, hoje vista como algo ardiloso, camuflado de violência, discriminação, homofobia. Não se pode mais brincar de roda e cantar atirei o pau no gato, pois isso influenciará na constituição de sujeitos aptos a maltratarem os animais. O boi da cara preta é um estimulo a atitudes racistas futuras. O estudo sobre a formação das famílias em ciências e religião é um afronta aos homo afetivos. São tantas coisas ridículas que revolta qualquer pessoa minimamente inteligente. A formação dos sujeitos se deu e se dará diante de um processo múltiplo, complexo e constante. E não será uma imagem, uma canção, um filme, uma noticia que irá determiná-lo futuramente. Hoje vivemos sobre a síndrome da vitimização. Todos os setores sociais têm seus sistemas de autodefesa ligados e conectados. Tudo é motivo para pseudodiscussões, pois todos tem razão, além de serem dotados de extrema inteligência, mesmo sem fazer o menor sacrifico para adquiri-la seja ela dentro de um sistema formal ou mesmo no acumulo de experiências. Devemos ficar em prontidão para as maldades do mundo que nos cerca. Até mesmo em jogo de futebol entre amigos, precisamos estar atentos com as nossas brincadeiras, pois isso poderá caracterizar algum crime diante de algum grupo das vitimazinhas sociais. Como seria interessante que muito antes de defender qualquer gueto que eu possa me sentir inserido em lutasse por algo maior, mais coletivo, mais humano. Se antes de reivindicar direitos por ser mulher, deficiente, pobre, negro, homo afetivo, nordestino, eu lutasse para fazer valer uma cidadania plena em um país sem comando. Que buscasse realizar no meu cotidiano, na minha formação, nas orientações aos meus filhos, uma vida realmente sustentável aliando o meu bem viver com a natureza. E não me resumindo a comprar desenfreadamente produtos desnecessários em um determinado supermercado porque as sacolas de lá são biodegradáveis. Devemos deixar de lado essas falas vazias de engajamento e preocupação com o mundo participando só com simples manifestaçõezinhas em redes sociais. Realizar de fato ações significativas sem querer doutrinar ninguém ou dar publicidade do quase nada que se é feito.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A poesia da vida

Herasmo Braga No primeiro livro que compõem a Bíblia temos em Gênesis as seguintes passagens nos versículos 26 e 27 do capítulo 1: Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E assim, segundo o relato bíblico, surgiu o homem e a mulher. Sendo o homem primeiro e a mulher em seguida para ser sua companheira. Todavia, ao longo dos tempos, engana-se quem tenha pensado que ao homem, por ter sido o primeiro na possível criação no relato religioso, garantiu a ele qualquer superioridade, posse ou poder frente à mulher. Se observarmos ao longo da presença humana na história, iremos perceber facilmente como as mulheres sim, Deus, a Vida e a História revelam a sua força e o seu imenso poder. O homem é um sujeito limitado, pouco prático e desajeitado com muitas coisas. As mulheres não, elas gozam de uma multiplicidade de habilidades invejáveis a qualquer marmanjo. Exemplos de situações que comprovam isso têm diversas. Podemos observar, por exemplo, nos relacionamentos. O homem no começo e ao término se comporta da mesma maneira: indeciso. Ele acaba sendo o que muitos chamam de vírgula, pois a sua insegurança ou “esperteza” faz com que - apesar de considerar que somos nós quem tomamos as iniciativas, na verdade são as mulheres. São elas que na realidade nos autorizam ou nos fazem acreditar no sucesso da ação. Iludimo-nos , pois na realidade todo o processo acaba sendo conduzido por elas. E nos términos dos relacionamentos a performance é a mesma. Nós dificilmente chegamos afirmar o fim. Distanciamo-nos, ausentamos-nos, arrumamos desculpas para não ligar, comparecer, sair. A mulher não. Ela chega de maneira decisiva e acaba. Às vezes até nos surpreendemos, achando que podemos reverter. Pedimos chances que dificilmente ela nos dará, mas caso aconteça, é apenas para fazer mais mal ainda ao nosso sentimento. Alongando a nossa dor. Outro ponto que demonstra bem a superioridade delas é na retomada de suas vidas após o termino, por mais durador que seja, ela se reconstrói de maneira serena. E é uma reconstrução segura em que ela sai mais fortalecida. Já nós homens não. Queremos ser rápidos. Instantaneamente dar a volta por cima. Lançamo-nos afoitamente nas coisas. Salivamos para começar outros relacionamentos. Queremos demonstrar a todos que quem perdeu foi ela com o fim e você perdeu foi seu tempo com o antigo relacionamento. Todavia, após a euforia vem à tristeza e iremos perceber a grandeza daquela pessoa que ficou. Machucamos-nos com as lembranças e procuramos tentar achar respostas para o nosso fracasso. Realmente, quem tem o poder são elas. Sempre foi. E nós homens ao longo da história procuramos dissimular isso de todas as maneiras. Oprimindo o tempo todo aquele ser que é muito mais forte e habilidoso que nós. Não adianta se pensar de outra maneira. Nós homens somos seres atrapalhados, apressados, brutos. E elas não. São sujeitos fortes, encantadoras, sábias. Exemplo disso fica por conta que qualquer situação em que temos uma mulher, ela consegue mediar, aliviar e até mesmo encontrar soluções nas coisas tidas como impossíveis. As mulheres dinamizam a vida. Pode tornar o efêmero em algo duradouro e do contrário também. São elas quem tornam mais significativas os dias. São elas que poetizam a vida sejam elas mães, esposas, namoradas, irmãs, filhas... basta apenas ser mulher. E nós homens, para sermos felizes, precisamos apenas tê-las por perto, ajudando-as a nos cuidar.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Retorno ao blogger: atualizações nas segundas e nas quintas.

Após meses afastado do blogger, retomo agora as atividades com atualização de textos nas segundas e quintas. Uma das coisas que vejo interessante nas postagens é a troca de ideias. Ao contrário de inúmeros outros recursos que alguns utilizem para exibir-se, na minha concepção, essas atitudes não passam por minhas ações. Quero de alguma maneira contribuir e, principalmente, aprender. Começo por um texto postado no facebook que diz muito sobre a minha maneira de pensar hoje. Algumas aprendizagens que tive durante a última semana de janeiro que gostaria de compartilhar: 1. Da mesma maneira que acontece o processo de conhecidos e colegas se tornarem amigos, o caminho inverso também ocorre. E precisamos ficar atentos a essas mudanças. 2. Sentir saudades é algo também produtivo. 3. Precisamos rever a nossa história literária e retirar tanto cretinice verborrágica que alguns pseudointeligentes a tomam como traços de genialidade. 4. Se muitos dos que realizam a autopropaganda nas redes sociais fossem tudo aquilo que dizem, que estão lendo ou leram, assistem ou assistiram e outas coisas que mencionadas por eles fossem ações verdadeiras, a nossa burrice não seria tão reinante. 5. Usar um vade mecum para aqueles que não sabem ou acreditam que seja algo sacrossanto, atente-se que o seu uso é como também utilizar um dicionário ou qualquer outro livro de consulta. Não há divindade nenhuma nele e muito menos superioridade naqueles a quem o recorre. 6. Ter hombridade, altivez, sinceridade nunca foi defeito. 7. Fico sonhando no dia em que pararmos de transferir as responsabilidades das nossas falhas para os outros e as conquistas dos nossos méritos como algo exclusivo. 8. Destaco dois mitos da nossa mentalidade precária romântica que devem ser condenados e não reproduzidos: beleza é tudo, sou um gênio e não estudo. Beleza sem inteligência é ser oco e genialidade não é talento e sim um exercício constante de estudo e de prática da sabedoria. 9. Devemos envergonhar os que produzem porcarias para inibi-los de contribuir tão negativamente. Não podemos aceitar a ideia medíocre que o que vale é produzir. Da mesma maneira não podemos deixar a nossa carência de talentos nas artes tornarem tolos em artistas. 10. Espero que a Marisa Monte volte a produzir músicas de tamanha qualidade como neste no disco “Cor de Rosa e Carvão” e não as breguices recentes de temas de novelas da globo. E que alguns segmentos sociais não a tomem como bandeira de nada mais do que uma interprete de grande qualidade da música brasileira.