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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A convivência difícil dos dias




Herasmo Braga
Costumo sempre relacionar nossas decisões do dia a dia a uma jogada de xadrez. Quem gosta ou conhece sabe que qualquer movimento realizado sobre o tabuleiro tem efeito sobre todas as outras peças. Tomando como base essa ideia, não esqueço - enquanto adolescente – a leitura dos livros O Ponto de Mutação e A Teia da Vida de Fritjof Capra. Obras que me lançaram nos questionamentos dos dias e na complexidade do ato de viver.
Se tomarmos como referências para nossas ações esses efeitos e, sobretudo, refletíssemos sobre eles, talvez tanto desmandos que acontecem diariamente seriam evitados. Impressionam-nos como as pessoas agem de maneira contrária as regras do bom senso e do bem conviver. Não é incomum presenciarmos carros mal estacionados impedindo que outros possam também estacionar no mesmo local. Pessoas que por algum julgamento individual acreditam não serem merecedoras de enfrentar filas como qualquer mortal e procura de alguma maneira burlar.
Esses aspectos do cotidiano refletem bem a nossa ausência não só de consciência como também de cidadania. Há pessoas que se comprometem em representar e honrar instituições e ter comportamentos idôneos, mas o que se pratica é bem distante do esperado. Interessante é que esses mesmos maus funcionários cobram de maneira enfática: honestidade de políticos corruptos inflamam seus discursos quando tem algum dos seus direitos violados. Mas e o direito do mérito? E o esforço de quem buscou conquistar o seu espaço pela sua dedicação e empenho?
Mais relevante do que cobrar dos outros é agir com coerência. Esse ponto constitui um passo interessante de se fazer.

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